sábado, 28 de março de 2015

70% das florestas remanescentes do planeta estão ameaçadas

MEIO AMBIENTE25/03/2015


Novo estudo divulgado pela revista Science Advances revela que a fragmentação das florestas coloca em risco a sobrevivência de animais e plantas do mundo


Desmatamento

CIFOR/Creative Commons

Em artigo publicado recentemente (20 de março), 24 pesquisadores internacionais retratam um cenário alarmante das florestas remanescentes do planeta: 70% delas correm sério risco. A maioria da vegetação localiza-se, em média, a um quilômetro de sua borda, em uma área onde existem atividades humanas (áreas de agropecuária ou centros urbanos) e ameaças naturais, que podem degradar seus ecossistemas.
Habitat fragmentation and its lasting impact on Earth’s ecosystems (Fragmentação de habitat e seu derradeiro impacto sobre os ecossistemas terrestres, em tradução livre) resulta de 35 anos de estudos, realizados em biomas dos cinco continentes. O pesquisador Clinton Jenkins, da organização brasileira IPÊ, é um dos envolvidos na pesquisa.
Com a ajuda de imagens de satélites e coleta de informações, foi possível elaborar o primeiro mapa global em alta resolução da fragmentação das florestas no mundo. A fragmentação ocorre quando há alteração no habitat original e este é dividido em áreas separadas, muitas vezes distantes uma das outras. O novo levantamento internacional aponta que esta divisão da vegetação reduz a biodiversidade de 13 a 75% e prejudica funções-chave do ecossistema, como a alteração dos ciclos de nutrientes e a quantidade de carbono sequestrado.
Os efeitos são maiores nos fragmentos menores e mais isolados e tendem a se ampliar com a passagem do tempo. De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram, por exemplo, uma redução de 50% ou mais de espécies vegetais e animais durante uma média de apenas 20 anos.

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