quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cientista Brasileiro Afrânio do Amaral


Afrânio do Amaral 
(1894Belém do Pará - 1982São Paulo

Afrânio Amaral na capa da edição de 28 de janeiro de 1929 da revista Time

Foi um cientista brasileiro, autor de Serpentes do Brasil, uma iconografia colorida com mais de 582 gravuras de serpentes brasileiras. Foi pioneiro no estudo detalhado e descritivo, em 1920, da jararaca-ilhoa, cujo veneno é mais potente que o da jararaca existente no continente. O habitat dessa serpente é a Ilha de Queimada Grande.
Dirigiu o Instituto Butantã pouco depois de sua criação, em duas fases: de 1919 a 1921 e de 1928 a 1938.
Em 1919, em sua primeira gestão, ele ocupou a chefia do departamento de Ofiologia e Zoologia Médica do Instituto. Mais tarde, escreveu sobre a situação do Instituto no livro Serpentes em crise, com prefácio de Monteiro Lobato. Casou-se, teve duas filhas, lecionou no Antivenin Institute of America. Foi capa da revista Time em 1929 , onde foi personagem central da matéria intitulada "Snakes", por conta de seu trabalho no Butantã.
Estudou medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, hoje parte da Universidade Federal da Bahia. Fez doutorado em Harvard (Estados Unidos), onde também lecionou, chegando a produzir cerca de 400 trabalhos acadêmicos. Foi consultor da Organização Mundial da Saúde e da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (com sede em Londres), cargos para os quais foi eleito.
Foi acusado de irregularidades administrativas, sendo absolvido de todas as acusações. Nelson Ibañez e Osvaldo Augusto Sant'anna citam, no livro Instituto Butantan: a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em saúde, que o cerne dos problemas ocorridos no instituto deveu-se, segundo Afranio, a uma confusão entre o interesse coletivo dos estabelecimentos públicos versus o personalismo de técnicos, que adquirem experiências voltando─se para a indústria privada e concorrente. O então deputado Adhemar de Barros faz críticas à direção de Afranio, e quando aquele assume como interventor no estado de São Paulo em 1938, Afranio deixa a direção do Instituto.Concluem Ibañez e Sant´anna que um jogo de interesses pessoais e de poder de poucos marcaria a instituição por cinco décadas. 
Assinalando a importância de Afrânio do Amaral na ciência brasileira, Gilberto Freyre anotou, em artigo publicado em "O Jornal" em 1944, que o mundo passaria a ver o Brasil não apenas por suas belezas naturais, mas também, e principalmente, por talentos como Afrânio do Amaral, citando, também Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Clovis Beviláqua, entre outros. 
Morreu em São Paulo no ano de 1982.

fontehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Afr%C3%A2nio_do_Amaral

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