terça-feira, 29 de julho de 2014

Zoonoses


Existem pessoas que acham que os animais domísticos são um perigo à suade publica, pois podem transmitir inúmeras doenças ao homem. Nessa afirmação há um grande exagero, uma vez que animais tratados, vermifugados e vacinados, que vivem em boas condições de higiene, dificilmente transmitirão doenças às pessoas.No entanto, os animais podem transmitir doenças ao homem em determinadas condições e situações. Essas doenças são chamadas de zoonoses. 

Leishmaniose canina ou Calazar

A leishmaniose ou calazar é uma doença causada por um protozoário (micro-organismo) denominado Leishmania. Em algumas regiões também é conhecida por "doença de Bauru". Ela acomete cães, canídeos (lobos), roedores silvestres e o homem. Raramente os gatos são afetados. A transmissão ocorre através da picada de insetos específicos (Lutzomyia longipalpis) conhecidos no Brasil como mosquito-palha, birigüi e outros.
A leishmaniose apresenta-se no cão com sinais de emagrecimento progressivo, aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e ferimentos na pele que nunca cicatrizam. Nem sempre todos esses sintomas estão presentes, e o animal pode ter leishmaniose sem manifestar sinal algum. Doenças de pele como a sarna negra podem ser confundidas com a forma cutânea do calazar. Por isso, apenas com exames laboratoriais é possível diagnosticar a leishmaniose. Somente o exame clínico pode levar a afirmações precipitadas.
No ser humano, a leishmaniose apresenta diversas manifestações (na pele ou orgãos). Se diagnosticada a tempo, pode ser tratada com grandes chances derecuperação para o paciente.
O tratamento nos cães existe e é utilizado a décadas em países europeus. No entanto, ele é caro, prolongado, exige o comprometimento total do proprietário do animal, e ainda há divergências quanto aos resultados. No Brasil, apenas alguns cães são tratados, e há resistência de orgãos públicos quanto a isso. A alegação é que animais que recebem tratamento podem continuar como reservatórios da doença após curados. Por esse motivo, o sacrifício dos doentes e portadores é indicado pela lei.
Como medidas preventivas, a vacina contra a leishmaniose, desenvolvida no Brasil por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é comercializada em regiões onde a doença é comum. Os veterinários são orientados quanto a uso do produto que querer exame prévio para saber se o cão já está infectado. Se estiver, a vacina não terá valor, pois é preventiva, ela não irá curar o cão.
Os cães suspeitos de leishmaniose devem ser submetidos a um exame de sangue específico que revelará ou descartará a doença através da pesquisa de anticorpos (sorologia). A biópsia/punção de medula ou linfonodos (gânglios), e o raspado das lesões da pele também são usados no diagnóstico. A cada dia os métodos têm se tornado mais confiáveis para a detecção da leishmania.

fonte http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=zoonoses.htm

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