quarta-feira, 30 de julho de 2014

Serpentes (Dentição)







Bombeiro Voluntário
Barra Velha e São João do Itaperiú








Dentição das Serpentes


A quantidade de dentes varia muito, e depende dos hábitos alimentares da serpente. Algumas espécies não têm dentes. Os dentes das serpentes não são enraizados em cavidades, mas livremente ligados à superfície do osso da arcada, pelo interior de sua margem. Por isso podem cair facilmente, mas geralmente são repostos por dentes novos, que crescem rapidamente na base do antigo. Mesmo os dentes inoculadores de veneno, quando presentes, podem ser perdidos e repostos muitas vezes. Há 4 tipos de dentição. 



ÁGLIFAS: (a = ausência + glyphé = sulco) - dentição típica de serpentes não peçonhentas: não possuem presas. Seus dentes são maciços, sem canal central ou sulco externo. Jaracuçu-do-brejo, caninana, jibóia, sucuri, pítons etc. são exemplos de serpentes áglifas.






OPISTÓGLIFAS: (opisthos = atrás) - apresentam um ou dois pares de dentes posteriores do maxilar superior diferenciados, com sulco externo por onde escorre o veneno. Pela posição posterior das presas, raramente causam acidentes, sendo que podemos considerar estas serpentes como não peçonhentas, pois acidentes com elas são raríssimos. Falsas corais e muçuranas são exemplos.




PROTERÓGLIFAS: (protero = dianteiro) - possuem presas anteriores sulcadas, em maxilares imóveis, o que lhes permite inocular o veneno. A coral verdadeira, serpentes marinhas, najas, são exemplos de serpente com esta dentição. 






SOLENÓGLIFAS: (soleno = canal) - possuem presas anteriores dotadas de um canal central por onde passa o veneno, estando em um maxilar bem móvel. Cascavel, jararaca, urutu e surucucu são exemplos de serpentes solenóglifas.






José Roberto Cruz
Chefe do Núcleo de Proteção Ambiental



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