O projeto de pesquisa já resultou em uma formulação, a crotoxina liofilizada, que foi utilizada em testes preliminares em coelhos. “Os ensaios com os animais apresentaram resultados bastante promissores. Os testes de estabilidade estão em andamento para, então, iniciar os testes não-clínico”, conta Ana Elisa.
A pesquisadora estima que o medicamento injetável para o tratamento do estrabismo, que depende de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estará disponível para comercialização em cinco anos.
Os pesquisadores da Funed também descobriram que crotoxina poderá ainda ser utilizada em outros tratamentos. Um deles é para as distonias musculares, distúrbio caracterizado por espasmos musculares involuntários que produzem movimentos e posturas anormais. O problema pode provocar movimentos lentos, incontroláveis e abruptos da cabeça, membros, tronco ou pescoço. Além disso, a crotoxina poderá ser uma alternativa para os tratamentos estéticos, nos quais a toxina botulínica é utilizada.
O novo tratamento para o estrabismo é um dos 17 projetos de pesquisa da Funed apoiados pelo PII. Em nove anos, o PII já foi realizado em universidades, faculdades e centros tecnológicos de Lavras, Itajubá, Juiz de Fora, Viçosa, Uberlândia e Belo Horizonte. Ao todo, foram 15 programas no estado, com 280 projetos de pesquisa selecionados e publicados.
Em 2013, o PII chegou à Funed, instituição centenária do estado, referência em pesquisa, dedicada à promoção da saúde pública. A realização desse programa na Funed estimula a pesquisa no setor de saúde, humana e animal, e projeta soluções para o mercado, viabilizando o desenvolvimento de protótipos e planos de negócios.
“São ideias inovadoras em medicamentos, vacinas e tecnologias que ampliam as soluções para tratamento de doenças, controle de epidemias e melhoria da qualidade de vida da população”, afirma a analista da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae Minas, Andrea Furtado.
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