quinta-feira, 9 de julho de 2015

Como a serpente injeta seu veneno?





BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Barra Velha e São João do Itaperiú SC






Caros amigos leitores, nesta manha quando fui buscar pães para tomar café, uma criança me paro e perguntou, como as serpentes injetam o veneno, parei e expliquei a ela com muita paciência, não contente revolvi escrever esta matéria de uma maneira simples para que todos possam entender.
As serpentessão animais que causam pânico em algumas pessoas. Algumas serpentes apresentam glândulas produtoras de veneno localizadas na região da cabeça.
Esse veneno, possui substâncias que podem causar dor e até a morte de uma pessoa. Mas quando a pessoa acidentada por uma serpente for tratada imediatamente com o soro especifico em quantidade suficiente o envenenamento sera neutralizado.
O dente da serpente é o responsável pela inoculação do veneno. De acordo com a dentição, podemos classificá-las basicamente em: áglifas, opistóglifas, proteróglifas ou solenóglifas.
 Serpentes Áglifas (Aglifodontes)

São serpentes com muitos dentes fixos, pequenos e maciços.

Estes dentes são todos iguais nos dois maxilares e até no palato (céu da boca), estão inclinados para dentro, de modo que a vitima fique presa e não possa escapar.

Esse tipo de dentição encontra-se provida de qualquer espécie de estrias, de forma que o veneno, dissolvido na saliva, é na verdade um fermento digestivo que chega a, presa através das feridas causada pela serpente.

Obs: ¨A¨  =  negação; ¨glifo¨  =  sulco; ¨donte¨  =  dente.


Serpentes Opistóglifas (Opistoglifodontes)

São serpentes que além de muitos dentes fixos, pequenos e maciços, observa-se ao fundo da boca um par ou mais pares de dentes mais longos, com sulcos, por onde a saliva pode escorrer e penetrar na presa quando ela morde.
Serpentes com este tipo de dentição não podem inocular seu veneno em animais grandes e nem causar acidentes consideráveis ao homem, pois, não cabem em sua boca e, embora mordidos não são atingidos pelos dentes diferenciados, em virtude de sua localização, (região posterior da boca).

Obs: ¨Opisto¨ = posterior; ¨glifo¨ = sulco; ¨donte¨ = dente.


Serpentes Proteróglifas (Proteroglifodontes)

São serpentes que possui um par de dentes que injeta o veneno (colmilhos), é dianteiro, fixo, pequeno e semicanalizado e pouco se destaca dos demais dentes maciços e menores.
A especialização destas serpentes na inoculação é tal que, muitas vezes, não só os dentes inoculadores têm estrias como ainda os menores, situados imediatamente atrás, e até os da mandíbula.

Obs: ¨Protero¨ = anterior; ¨glifo¨ = sulco; ¨donte¨ = dente.


Serpentes Solenóglifas (Solenoglifodontes)

São serpentes que possuem dentes fixos menores e em pequeno número, destacando-se os que injetam o veneno (colmilhos), que são longos, dianteiros completamente canalizados, (semelhante a uma agulha de injeção) curvados para trás quando o ofídio esta com a boca fechada e capaz de mover-se para frente no momento em que ela desfere o bote.
Este tipo de dente é grande e, como o seu comprimento não permitiria o réptil fechar a boca, ficam encostados no palato, (céu da boca) assumindo apenas uma posição ereta ao atuarem conjuntamente com uma serie de ossos do crânio quando a boca se abre.
Quando os dentes estão dobrados dentro da boca, formam um canal perfeitamente fechado. Ao morder uma vitima a glândula venenifera é oprimida pelos músculos temporais e o veneno é inoculado a pressão através dos dentes diferenciados.

Obs: ¨Soleno¨ = móvel; ¨glifo¨ = sulco; ¨donte¨ = dente.



José Roberto Cruz
Chefe - Núcleo de Proteção Ambiental NPA

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