Você já ouvi falar em animais sinantrópicos? Pode ser que você não reconheça essa nomenclatura, mas certamente já se deparou com alguns dos bichos que possuem essa classificação. Sinantrópico é junção de "sin" (simultâneo) e "antrópico" (relativo ao ser humano). Portanto, as espécies agrupadas dessa forma são aquelas que se adaptaram ao estilo de vida das pessoas e convivem com elas, mas não em harmonia. A maioria desses animais vive do nosso lixo e podem transmitir doenças para nós e para nossos animais de estimação.
Animais podem se adaptar à vida urbana e transmitir doenças




O morcego é o principal agente transmissor da raiva, por isso, se vir algum deles no chão, mesmo que pareça inofensivo, jamais toque diretamente nele, pois a saliva pode estar contaminada. Se você, uma pessoa próxima ou um animal que tenha em casa for mordido por um animal contaminado, lave bem a ferida com água e sabão e procure um médico (ou médico veterinário) imediatamente! A raiva é muito perigosa e muito contagiosa.
Como evitar esses animais
O primeiro passo para mantê-los afastados é impedir que tenham acesso aos três “As”: abrigo, alimento e água. Entenda:
• Abrigo: por terem se adaptado à vida no meio das pessoas, esses animais encontraram os cantinhos mais inusitados para se esconder e viver. Pombos fazem ninhos em frestas de lugares altos, como prédios, torres de igrejas, etc. Para impedir que cheguem a esses abrigos, reboque as frestas ou coloque telas de proteção em aberturas que não quiser fechar (principalmente varandas de apartamentos). Isso também vai evitar morcegos que, além desses locais, gostam de vãos entre telhas e paredes, sótãos e outros locais altos e escuros.
Moscas e mosquitos podem ser mantidos fora de casa com telas nas janelas, além de cuidados como não deixar focos de água parada, limpeza de córregos (solicite ao serviço municipal) e descarte adequado ou compostagem de restos orgânicos.
Para evitar os sinantrópicos terrestres e as moscas, o cuidado maior é com o lixo e "tralhas", que você não deve deixar acumular, pois é um bom abrigo para esses animais. Doe o material para instituições que fazem reciclagem ou faça upcycle dele. O material orgânico, você pode fazer compostagem. Outros cuidados importantes incluem: manter a lixeira sempre bem tampada; descartar entulhos de maneira adequada; manter a grama bem aparada; instalar dispositivos abre e fecha nos ralos; manter as tampas de vasos sanitários fechadas quando não estiver usando (por incrível que pareça, ratos são ótimos nadadores e podem entrar na sua casa por, literalmente, qualquer encanamento); inspecionar atrás de armários, gavetas e outros locais que podem servir de abrigo. Lembre-se: os abrigos favoritos da maioria dos animais sinantrópicos são escuros e úmidos.
• Alimento: os cuidados gerais para não deixar alimentos disponíveis para animais sinantrópicos incluem: cuidar bem da higiene da sua composteira; não deixar a comida dos animais de estimação disponível o tempo todo, oferecendo apenas nos horários certos e retirando quando eles não estiverem interessados (senão os animais sinantrópicos são quem vão se interessar); quanto à comida das pessoas da casa, guardar sempre tampada na geladeira ou no armário; limpar bem superfícies engorduradas, mesas, fogões, etc.; descartar o lixo de maneira adequada e só perto da hora que o caminhão de coleta costuma passar; não alimentar pombos, que foi um hábito muito comum na época dos nossos avós e até hoje muita gente continua fazendo isso, mesmo após o pombo passar a ser considerado uma praga urbana.
• Água: Todos os animais, mesmo os insetos, precisam se hidratar. Eles conseguem fazer isso até com a menor das poças, por isso é importante sempre secar bem qualquer objeto ou superfície após lavar.
De maneira nenhuma incentivamos a violência contra animais. Com esta matéria, a intenção é evitar a disseminação de doenças comprovadamente causadas pelos animais sinantrópicos.
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