segunda-feira, 22 de junho de 2015

Reprodução dos anuros, do acasalamento à metamorfose



A maioria das pessoas aprende fatos básicos sobre a reprodução das rãs na escola: elas põem ovos na água e esses ovos, quando chocados, produzem girinos, que se tornam rãs. Apenas cerca de metade das rãs segue esses passos nessa ordem exata, mas existem algumas regras básicas sobre a reprodução dos anuros. Todos se reproduzem sexualmente e todos saem de ovos.

Em quase todas as rãs, a fertilização dos ovos acontece fora do corpo da fêmea e não dentro. Ao mesmo tempo em que a fêmea põe os ovos, o macho libera seu esperma. A fim de garantir que espermatozoides cheguem aos ovos, o macho e a fêmea adotam uma postura conhecida como amplexo. O macho sobe sobre as costas da fêmea e a prende pela metade do corpo com as patas dianteiras. As rãs podem permanecer em amplexo por horas ou até dias, enquanto a fêmea libera entre um e diversas centenas de ovos.
Normalmente, é fácil distinguir rãs machos de rãs fêmeas. Muitas espécies são sexualmente dismórficas, ou seja, existem diferenças entre os corpos e as cores dos machos e fêmeas. Mas em algumas espécies é difícil distingui-los. Nessas espécies, os machos muitas vezes produzem um chamado de libertação quando outro macho os abraça. Na temporada de acasalamento, os pesquisadores empregam esses chamados para distinguir machos e fêmeas entre as rãs.
Todos os ovos de anuros requerem umidade para seu desenvolvimento e a maioria das rãs abandona seus ovos assim que eles são fertilizados. Mas nem todos os ovos são incubados sob a água ou sem supervisão dos pais. Algumas espécies carregam os ovos no saco vocal ou no abdomen. Outras depositam ovos em áreas secas e os conservam úmidos com água ou com urina. Dependendo da espécie de rã e do clima sob o qual ela normalmente viva, os ovos podem levar entre alguns dias e algumas semanas para serem chocados.
Em algumas espécies, os filhotes já saem formados dos ovos, mas, na maioria dos casos, as rãs começam a vida como girinos. Embora a maioria dos anuros adultos sejam carnívoros, os girinos podem ser vegetarianos ou onívoros. Alguns se alimentam de algas, outros têm dentes e podem comer qualquer coisa, de vegetação apodrecida a outros girinos. De qualquer maneira, os girinos tendem a comer vorazmente - completar a metamorfose que faz deles sapos requer muita energia.
Os girinos podem viver em poças temporárias de água de chuva e geralmente se tornam sapos em duas semanas. O processo pode levar meses em espécies que vivem em lagos, rios e outros locais aquáticos permanentes, mas, na maioria das vezes, a transformação segue os mesmos passos básicos. Primeiro, as patas traseiras começam a crescer. Depois, enquanto as patas dianteiras se formam, os órgãos internos do girino começam a mudar. Ele desenvolve um par de pulmões, de modo que possa respirar ar, e seu sistema digestivo muda para acomodar sua dieta como adulto. A cauda gradualmente desaparece e é absorvida pelo corpo. Quando o filhote sai da água para viver em terra, normalmente lhe resta uma pequena parte da cauda, que é absorvida gradualmente.
Os ovos dos anuros e os girinos servem de alimento para peixes, pássaros e outros animais, de modo que a maioria deles não chega à idade adulta. Os anuros adultos também têm diversos inimigos, incluindo alguns de porte microscópico.
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