domingo, 21 de junho de 2015

Operação traz para o Brasil filhotes de jiboia rara que estavam nos EUA

Caros Amigos Leitores no dia 18 de Julho de 2014 publique uma matéria intitulada "Repatriação de Filhotes de Jiboia Rara, Subtraída do Brasil" e hoje estou postando o desfecho desta historia com o retorno dos filhotes.

link da matéria 
http://npabombeiro.blogspot.com.br/2014/07/repatriacao-de-filhotes-de-jiboia-rara.html

Edição do dia 21/06/2015

Princesa Diamante, jiboia albina raríssima, foi avaliada em US$ 1 milhão. Agora, sete filhotes foram resgatados em operação.




Acabam de chegar ao Brasil membros de uma família real legitimamente brasileira. Uma família envolvida em histórias cheias de mistério, dinheiro e crimes.  O desembarque é que não teve muita pompa. Afinal, são todas cobras criadas. Não é forma de falar. Essa monarquia é formada por cobras mesmo.
Fazem parte dela sete filhotes da Princesa Diamante, uma jiboia raríssima, toda branca e com olhos negros. Tão exótica que acabou recebendo o título de realeza.
Ela foi encontrada em 2006 no meio da mata, no Rio de Janeiro, e levada para o zoológico da cidade de Niterói. Logo ficou famosa e chegou a ser avaliada em US$ 1 milhão, mas não podia ser vendida.
“Na verdade, eles pertencem a fauna silvestre nacional e são integrantes do patrimônio nacional do estado brasileiro”, explica o procurador da República Vladimir Aras.
Mas um criador americano, Jeremy Stone, ficou sabendo da existência desse exemplar raro. “O Jeremy traficou a serpente pra lá. Ele comprou a serpente nacional por R$ 500 mil. E o Jeremy Stones vendia filhotes de serpente entre US$ 25 e US$ 30, US$ 40 mil”, afirma o agente ambiental federal Roberto Cabral Borges.
Para recuperar a jiboia, foi firmada uma parceria entre policiais brasileiros e americanos. “Lá, a polícia norte-americana encontrou 8 filhotes da cobra que então tinha sido contrabandeada. E esses filhotes foram recuperados e guardados pelas autoridades norte-americanas”, diz o secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos.
Mas Princesa Diamante não foi achada na casa de Jeremy. “Ele alega que ela teria morrido e ele teria enterrado ela no quintal. Porém, é um animal tão valioso, tão precioso, que você tem uma pele de um animal desses, você vai guardar. Você não vai jogar fora”, acredita o delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni.
Fantástico: O senhor acha que ainda é possível achar a Princesa Diamante viva?
Renato Madsen Arruda, delegado da PF: Sim. Desde a época das investigações, não aceitamos a ideia de que ela tenha morrido efetivamente.
As oito cobras filhotes foram levadas para um zoológico em Utah, no oeste americano. Ficaram por lá cerca de dois anos. Uma delas acabou morrendo.
“Ela tem desenhos e coloração diferenciados em relação às jiboias normais. Isso dá indícios realmente de que elas são filhas da Princess Diamond, que na verdade é um macho que foi traficado pros EUA e cruzado com serpentes de lá, jiboias de lá”, diz Roberto Borges.
Agora, a polícia brasileira conseguiu concluir o processo de extradição dos sete filhotes da princesa, que era príncipe.
“Temos ainda outros filhotes espalhados pelo mundo. Temos informações de onde estão, e vamos busca-los também’, afirma Renato Madsen Arruda, delegado da PF.
“Essa não é a primeira repatriação de animais pro Brasil, animais que foram traficados no Brasil, mas é a primeira vez que nós temos um traficante condenado no seu próprio país devido a um ato ilícito que ele cometeu no Brasil. Então, ele está condenado, está respondendo, está em prisão domiciliar”, avalia Roberto Borges.
A administradora do zoológico de Niterói e o marido dela, acusados de vender a Princesa Diamante para o norte-americano, ainda serão julgados.
“A lei atual ela não existe a previsão de pena pra tráfico. O que existe é a venda ilegal de animais e essa pena é de seis meses a um ano. Então, o traficante sequer fica preso e ele vai pagar cesta básica, penas alternativas”, explica a presidente do Ibama, Marilene Ramos.
Por enquanto, os filhotes da Princesa Diamante ficarão hospedados no zoológico de Brasília. O objetivo é que elas sejam soltas, para recuperar na natureza o reinado que é delas por direito.
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