Abelhas
Abelhas são insetos da Ordem Hymenoptera, assim como as vespas e as formigas. Algumas espécies são conhecidas por produzirem o mel e viverem em colônias ditas eussociais, com uma organização hierárquica com uma rainha fértil, alguns machos férteis (zangões) e milhares de operárias fêmeas (inférteis). Estas são as características da maioria das abelhas produtoras de mel, embora a grande maioria delas não o seja, vivendo até mesmo como animais solitários. Abelhas vivem em todos os continentes, exceto o Antártico e são componentes importantes de diversos ecossistemas, desempenhando o papel de polinizadoras. O mel produzido nas colmeias é utilizado na alimentação da própria colônia. As abelhas operárias são as responsáveis pela defesa da colônia. Ao picar, elas perdem parte do aparato inoculador, morrendo em seguida. Este aparato possui músculos próprios e continuam injetando a peçonha mesmo após a separação do resto do corpo. As mamangavas ou mamangabas, que são abelhas das Subfamílias Bombinae e Euglossinae, não perdem o ferrão podendo ferroar várias vezes. As abelhas da Subfamília Meliponinae, conhecidas como abelhas sem ferrão, embora possuam este aparato, não causam acidentes por picadas, mas podem produzir mel tóxico.
Aranha
Acidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são: Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira ou macaca) e Latrodectus (viúva-negra). Entre essas, a maior causadora de acidentes é a Loxosceles. Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.
Escorpiões
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o quadro de envenenamento provocado pela inoculação de veneno através de aparelho inoculador (ferrão ou télson) dos escorpiões. De importância em saúde pública, no Brasil, são os representantes do gênero Tityus, com várias espécies descritas, sendo as principais: T. serrulatus (escorpião-amarelo); T. bahiensis (escorpião-marrom); T. stigmurus(escorpião-amarelo-do-nordeste); T. obscurus (escorpião-preto-da-amazônia).
Lagarta
A importância das lagartas de mariposas (lepidópteros) em saúde pública se deve aos efeitos causados pelo contato das cerdas de algumas espécies que contêm toxinas. Somente a fase larval (lagartas) desses animais é capaz de produzir efeitos sobre o organismo; as demais (pupa, ovo e adulto) são inofensivas, exceto as mariposas fêmeas adultas do gênero Hylesia (Saturniidae), as quais apresentam cerdas no abdômen que, em contato com a pele, podem causar dermatite papulopruriginosa. No Brasil, as espécies de lagartas que mais causam acidentes pertencem às famílias Megalopygidae (megalopigídeos) e Saturniidae (saturnídeos). Destaca-se entre os saturnídeos o gênero Lonomia, único responsável por envenenamento sistêmico, diferentemente das demais lagartas que causam apenas quadro local benigno.
Serpentes
Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas através do aparelho inoculador (presas) de serpentes. No Brasil, as serpentes peçonhentas de interesse em saúde pública são representadas por quatro gêneros da Família Viperidae: serpentes do grupo Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, combóia), o qual, atualmente, está agrupado em dois gêneros – Bothrops e Botrocophias; Crotalus (cascavel); Lachesis (surucucu-pico-de-jaca); Micrurus e Leptomicrurus(coral-verdadeira). O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, o que significa que nem toda picada leva ao envenenamento. Há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na porção posterior da boca, o que dificulta a injeção de veneno ou toxina.
fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário