O biólogo Gaffin e sua equipe entenderam que a cauda desses animais seria extremamente sensível a luz que estimula as demais estruturas do corpo do escorpião, que enviam informações para o sistema nervoso e deixam todo o corpo em estado de alerta. Apesar da quantidade de olhos – algumas espécies chegam a ter seis pares – esses aracnídeos não possuem o sentido da visão muito bom. O corpo seria uma forma de detectar a luz ultravioleta e definir melhor o ambiente onde eles estão. O biólogo Gaffin na Universidade de Oklahoma acredita que esses animais tem a capacidade de identificar à luz e transforma-la em pigmentos verdes que facilitam a ‘identificação’ do ambiente.
Porque os escorpiões brilham no escuro?
Como os escorpiões foram coletados no deserto, e em plena escuridão e ainda sim, procuravam esconder-se embaixo de pedras e na pouca vegetação rasteira da região, acredita-se que esses animais fujam da radiação ultravioleta da lua e das estrelas. Os escorpiões cobaias da pesquisa foram submetidos em testes dentro de câmaras escuras e em seguida foram expostos a luz da qual eles tentavam fugir. Gaffin então teve a ideia de cobrir os olhos dos escorpiões com papel alumínio para evitar a incidência direta da luz, mas os escorpiões tentavam fugir da mesma maneira. Por fim, tentaram utilizar o protetor contra raios UV semelhante ao que usamos nas praias e piscinas, o que resultou na desorientação dos animais que posteriormente os levou a morte.
A conclusão dos cientistas é de que o exoesqueleto dos escorpiões revestido de quitina identifica a luz ultravioleta. Agora o próximo passo é tentar reduzir o impacto que a luz causa a esses seres vivos.
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