ED. 230 | ABRIL 2015
Nos últimos 15 anos, especialistas descreveram seis novas espécies de macacos do gênero Callicebus,atualmente com 31 espécies. Agora, vem a público mais uma: o Callicebus miltoni, assim chamado em homenagem ao primatologista Milton Thiago de Mello. Descrito por pesquisadores do Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-Carnívoros), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e do Museu Paraense Emílio Goeldi, o Callicebus miltoni possui uma faixa grisalha na testa, costeletas e garganta ocre-escuras e cauda laranja (Papéis Avulsos de Zoologia, março). Caracterizados pela capacidade de delimitar território próprio e pelas vocalizações, principalmente nas manhãs, como forma de manter a distância entre os grupos, os animais dessa espécie foram avistados pela primeira vez em 2010 por Júlio César Dalponte, do Pró-Carnívoros, e parecem viver apenas em uma área de Floresta Amazônica limitada pelos rios Roosevelt e Aripuanã, nos estados de Mato Grosso e Amazonas. Metade dessa área encontra-se em terras protegidas (unidades de conservação ou reservas indígenas). Os animais desse gênero vivem nas árvores, reúnem-se em galhos entrelaçando as caudas e são chamados de zogue-zogue, ou rabo de fogo, pelos moradores das florestas em que vivem.
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