segunda-feira, 30 de junho de 2014

Gênero Bothrops





Bombeiro Voluntário
Barra Velha e São João do Itaperiú









Gênero Bothrops
São serpentes espalhadas por todo território nacional, que podem atingir de 50cm a 1,8m de comprimento, de acordo com a espécie. Possuem cabeça triangular em forma de lança, com presença de fosseta loreal, que é uma cavidade entre o olho e a narina, com células termoreceptoras que permitem que a serpente forme uma imagem térmica da presa ou predador que se aproxima o suficiente.
São serpentes que confiam na ótima camuflagem e, por isso, muitas vezes são pisoteadas por pessoas desatentas, causando acidentes. São mais encontradas no solo, mas podem escalar arbustos sem problemas, e algumas espécies como Bothrops insularis (jararaca ilhoa), são totalmente adaptadas a vida arborícola. Quando ameaçadas, procuram fugir ou confiar na camuflagem. Agitam a ponta da cauda como uma cascavel, para que sua cauda, sem chocalho e espinho terminal, bata na folhagem e faça barulho. Se encurraladas, não hesitam em dar o bote.
São serpentes solenóglifas, o que significa que possuem as presas e o aparato de inoculação de veneno extremamente desenvolvido. Suas presas, que funcionam como agulhas hipodérmicas, ficam paralelas ao comprimento da boca quando em repouso, abrindo como um canivete na hora do bote.

Bothrops alternatus (urutu-cruzeiro)
Uma das serpentes mais bonitas da fauna Brasileira é temida principalmente na região Sul, onde ganhou fama nas comunidades rurais de “se não matar, aleija”. É um animal de corpo forte, que pode ultrapassar 1,5m de comprimento. Possui manchas marrons escuras em forma de gancho de telefone com contorno branco, dificultando a identificação por parte de pessoas que nasceram depois do boom do telefone celular. Prefere campos e áreas pedregosas desde Goiás até o extremo sul do Brasil.
Bothrops Atrox (jararaca do norte)
É o principal causador de acidentes na Região Norte. Trata-se de uma serpente de coloração variável, muito ágil e relativamente ativa quando comparada a outras espécies do gênero. Pode atingir 1,5m de comprimento e é encontrada à beira de córregos e rios. Distribui-se por todo o vale Amazônico.

Bothrops erythromelas (jararaca da seca)

É uma espécie de pequeno porte que raramente ultrapassa os 50cm de comprimento. De cor castanho avermelhada, habita as caatingas nordestinas. Essa espécie tem distribuição ampla, mas seu posto de principal causadora de acidentes na região é questionado, pois outra espécie, Bothrops leucurus,habita as áreas litorâneas e mais povoadas.

Bothrops Jararacussu (jararacussu)

Serpente com glândulas de veneno enormes e presas que chegam a 2,5cm. É a maior representante do gênero, corpulenta, podendo chegar a 1,8m de comprimento. Ocasiona acidentes graves por ser a espécie que consegue inocular a maior quantidade de veneno. Já foram extraídos 6,7mL de veneno de uma única vez, mais do que o suficiente para matar muita gente que você não gosta de uma só vez. Não estou dando idéias, só fatos científicos. Predomina na Região Sudeste e sua coloração varia de acordo com a idade e sexo.


Bothrops moojeni (caiçaca)

Está distribuída desde o Paraná até o maranhão, sendo a principal espécie de jararaca dos cerrados do centro do Brasil. Seu porte é grande, chegando a 1,5m de comprimento. É muito agressiva e se adapta muito bem a ambientes modificados pelo homem.



Bothrops Jararaca (jararaca)
É a espécie de jararaca mais adaptada a mudanças causadas pelo homem, podendo habitar desde áreas conservadas, até urbanas, como o Parque do Estado no meio da cidade de São Paulo. É a espécie mais comum da Região Sudeste, causando a maioria dos acidentes nessa área. Seu colorido varia muito de acordo com indivíduo, não sendo uma forma confiável de identificação.

Bothrops insularis (jararaca ilhoa
É uma espécie presente apenas na pequena Ilha de Queimada Grande, a 35km do litoral de Itanhaém. Apesar disso, é muito abundante na ilha, que tem a maior quantidade de serpentes por m² do mundo! É uma serpente semelhante a B. jararaca, mas de coloração amarelada e veneno muito mais potente. Se sente a vontade tanto nas árvores quanto no chão, requerendo muita atenção dos pesquisadores que se aventuram na ilha.


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