Caros amigos leitores depois de um plantão movimentado nos
Bombeiros Voluntários sai a caminho de casa para o merecido descanso, e presenciei uma batalha formidável de uma aranha caranguejeira contra uma vespa
caçadora, passei uns bons 25 minutos só observando o desfecho desta magnífica
batalha animal. Ao chegar em casa, lembrei que havia lido em algum lugar um
relato extremamente detalhado sobre o assunto e comecei a procurar, não demorou
muito para que eu encontrasse o tal relato.
Espero que vocês gostem.
CAÇA OU CAÇADOR?
Entre os artrópodes, pelo contrario, não é raro a historia do
caçador caçado, e, como exemplo pitoresco, cita-se o das vespas que se
alimentam de néctar e caçam aranhas caranguejeiras vivas. Tratam-se de varias
espécies do gênero pepsis, de corpo
azulado, asas ferruginosas e 10 cm de envergadura, que, ao chegar o momento da
postura, sobrevoam em baixa altura, a procurar as gigantes caranguejeiras. Nem
todas que elas encontram são adequadas, pois cada uma das vespas precisa de
aranhas de uma determinada espécie. Por isso, ao encontrar uma delas, a
primeira coisa que a vespa faz é examina-la cuidadosamente, apalpando todo o
corpo com as antenas, como o que para se assegurar de que a criatura peluda de
oito patas é exatamente a que ela necessita. Durante toda a operação de
reconhecimento, a aranha fica completamente indiferente, deixando a vespa atuar;
uma vez o exame terminado, ela se afasta da aranha e começa a cavar ativamente
a cova onde vai enterrar a vitima peluda ainda viva. De vez em quando
interrompe a sua tarefa e põe a cabeça para fora do buraco, como que para se
certificar de que a presa, ainda intacta, encontra-se nas proximidades. Quando
o buraco tem 25 cm de profundidade e uma largura suficiente para que a aranha
caiba, da a escavação por terminada e volta para perto da sua vitima peluda. Depois
de tateá-la novamente com suas antenas a vespa curva o abdômen, faz sair um
aguilhão e começa a procurar o ponto adequado onde deve injetar algumas gotas
de seu veneno paralisante. No entanto, a armadura de quitina que cobre a aranha
oferece muito poucos pontos fracos, apenas na união das patas com o corpo
existem membranas suficientemente moles para permitirem os movimentos do mostro
couraçado, este se move tentando afastar-se da pegajosa vespa, que varias vezes
se deita de costas e desliza sob o seu ventre, tentando desferir o golpe
definitivo.
O ataque insistente da vespa e o constante retroceder da
aranha acaba por encurralar esta contra um obstáculo, momento este que o inseto
aproveita para prender com as mandíbulas uma das patas do artrópode, que só
então se decide a defender-se, e ambas rolam pelo chão num combate espetacular.
Contudo, e por muito que seja a peleja, o resultado é quase sempre o mesmo, pois a vespa, mas cedo ou mais tarde, consegue cravar o seu aguilhão e injetar o seu veneno paralisante na aranha, que cai imediatamente sobre o dorso, não morta, mas paralisada.
Contudo, e por muito que seja a peleja, o resultado é quase sempre o mesmo, pois a vespa, mas cedo ou mais tarde, consegue cravar o seu aguilhão e injetar o seu veneno paralisante na aranha, que cai imediatamente sobre o dorso, não morta, mas paralisada.
Depois de vitoriosa a vespa suga a gota de “sangue” que emana
da ferida e arrasta em seguida a vitima por uma de suas patas para dentro do
buraco. Ai deposita um único ovo no abdômen peludo da aranha, tapa
cuidadosamente a cova com pedras que transporta na boca e afasta-se para sempre
do local.
Quando o pequeno ovo abre e do seu interior sai uma larva,
esta terá ao seu alcance o alimento necessário, devorando a aranha imóvel, mas
viva.
Em algumas vezes este Demônio Alado se precipita e acaba
virando caça.
Fonte: Enciclopédia Fauna – volume 4 – pag. 40 e 41
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