quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Ultima Postagem

Caros Amigos leitores esta será minha ultima postagem neste Blog, pois sai do Bombeiro Voluntário de Barra Velha e São João do Itaperiú SC, fica aqui o meu muito obrigado a todos por terem acompanhado por tanto tempo minhas postagens, caso alguém queira me contar aqui vai meu endereço eletrônico jrc.josrobertocruz@gmail.com ou pelo facebook https://www.facebook.com/jrc.joserobertocruz , a matéria a ser postada abaixo explicará o real  motivo de minha saída e do interrompimento deste trabalho que julgo de extrema importância.


Cabeçalho
BV fica sem o NPA dos bombeiros
1/2/2016 10:03:00
Núcleo que chegou a levar educação ambiental a mais de 11 mil estudantes e recolheu mais de 150 animais silvestres em 2015 fecha as portas por falta de recursos.
$alttext

Uma das mais abrangentes iniciativas de educação e proteção ambiental de Barra Velha acaba de fechar suas portas. O Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) do Corpo de Bombeiros Voluntários de Barra Velha oficializou nesta semana o encerramento de suas atividades, acusando total falta de apoio tanto do poder público como do empresariado local. 


Prestes a completar três anos de atividades, o NPA estava situado junto ao empreendimento Parada Ferretti, em Itajuba, e ficou conhecido na comunidade pelas ações de resgate de animais silvestres ou peçonhentos, e também pelas amplas campanhas de educação ambiental junto aos estudantes tanto de Barra Velha como de São João do Itaperiú. 
Somente em 2015, o NPA devolveu ao habitat natural ou encaminhou para zoológicos um total de 156 animais - entre eles, aranhas, tamanduás, cobras, escorpiões, aves marinhas e outros.

Todo o trabalho era desempenhado gratuitamente pelo instrutor José Roberto Cruz, um especialista aficionado ao resgate e salvamento de animais silvestres, auxiliado pelo efetivo da corporação voluntária, com apoio da comandante Kelly Paloco e do comandante geral Vânio Mattei.

Decepcionado com a política local, instrutor Roberto acusa o desinteresse geral da Prefeitura e até mesmo da Secretaria da Educação local, e diz que o Corpo de Bombeiros Voluntários em geral está ameaçado de fechamento, devido aos parcos recursos destinados à sua manutenção.

Roberto abriu o NPA no espaço da Parada Ferretti em 18 de abril de 2013, após retomar as funções de chefe e instrutor da corporação, em março daquele ano. Desde então, as ações do núcleo eram referência na proteção de animais silvestres. As duas campanhas de maior destaque do núcleo, em 2014 e 2015, atingiram 6.500 crianças com aulas específicas de Educação Ambiental, e outros 4.500 estudantes em curso sobre a biodiversidade da mata atlântica. 

Além de receber estudantes de Barra Velha e região no NPA, Roberto custeou do próprio bolso cursos nos Institutos Butantan e Vital Brazil, em SP e RJ, respectivamente, além de trazer especialistas destes institutos para Barra Velha, capacitar os bombeiros voluntários.  

Em outubro de 2013, Roberto implantou um blogue completo das ações do NPA - juntamente das ocorrências atendidas - e que atingiu mais de 150 visualizações por dia, de vários países do mundo. O endereço npabombeiro.blogspot.com ainda está no ar, com mais de 750 matérias coletadas na rede ou escritas pelo próprio instrutor.  


R$ 3 mil por mês 
"O poder público nos abandonou. Sem ajuda, vamos fechar as portas, pois a corporação está vivendo com cerca de R$ 3 mil por mês", lamenta ele. "Trabalhamos sempre com muito pouco e em regime voluntário, mas neste começo de ano, tivemos reuniões com o comando, e não há previsão para investir e suprir os trabalhos do núcleo", lamenta o instrutor, que também anunciou seu desligamento da instituição socorrista. 

Roberto ilustra a situação, dizendo que não há equipamentos de resgate para trabalho, não há veículos à disposição, a frota está sucateada e não há manutenção. "Sinto que fomos completamente abandonados", completa.  

Roberto ainda revela que ofereceu ao então secretário de Educação Adilson Madruga uma campanha gratuita com materiais pedagógicos doados pelo Butantan, e não houve interesse por parte da pasta. "Também não quiseram abrir portas para o projeto de prevenção de acidentes, alegando não ter interesse", diz Roberto. 


Matias alega crise financeira para não apoiar 
Ouvido pelo Jornal do Comércio, o prefeito Claudemir Matias (PSB) disse que não teve ainda confirmação do fechamento do Núcleo de Proteção Ambiental. "Não me foi nada repassado oficialmente", destacou ele. 

O prefeito alega que seria possível um apoio estrutural para evitar o fechamento do núcleo, mas diz que financeiramente, a Prefeitura contém gastos "e é de conhecimento de todos". "Se for o caso de ajudar, teríamos que ver o meio legal para isso, mas atravessamos uma fase de dificuldade financeira", observa ele. 

O ex-secretário de Educação e atual vereador Adilson Madruga (PT) garantiu ao Jornal do Comércio que não foi procurado pelo NPA sobre as campanhas citadas por Roberto. "Agora estou na Câmara; o que for preciso, eu estou à disposição", garantiu o petista. 

fonte

domingo, 20 de dezembro de 2015

USP disponibiliza mais de 3 mil livros grátis para download


Biblioteca Brasiliana / Rodrigo Mindlin Loeb + Eduardo de Almeida. Image © Ricardo Amado
Biblioteca Brasiliana / Rodrigo Mindlin Loeb + Eduardo de Almeida. Image © Ricardo Amado
A Universidade de São Paulo (USP) Disponibilizou mais de 3 mil livros e periódicos para consulta e download na página da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Entre os volumes estão diversos livros raros, documentos históricos, imagens e manuscritos indexados por autor, assunto, título e ano.
De fácil acesso, o acervo abrange uma grande variedade de assuntos que vão de agricultura a direto constitucional, passando por artes, ciências, jornalismo, cinema e também arquitetura e cidades. 
O acervo do projeto foi digitalizado à partir das obras da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que pertence à USP.  Foi criada, em janeiro de 2005, para abrigar e integrar a brasiliana reunida ao longo de mais de oitenta anos pelo bibliófilo José Mindlin e sua esposa Guita. A coleção foi doada pela família Mindlin à USP. São cerca de 17.000 títulos, ou 40.000 volumes, mas nem tudo ainda está digitalizado. Parte do acervo doado pertencia ao bibliófilo Rubens Borba de Moraes, cuja biblioteca foi guardada por Guita e José Mindlin desde a sua morte.
Para a Universidade de São Paulo, o objetivo do projeto de digitalização do acervo é tornar irrestrito o acesso aos fundos públicos de informação e documentação científica sob sua guarda.
Biblioteca Brasiliana / Rodrigo Mindlin Loeb + Eduardo de Almeida. Image © Ricardo Amado
Biblioteca Brasiliana / Rodrigo Mindlin Loeb + Eduardo de Almeida. Image © Ricardo Amado
Os objetos digitais disponibilizados pela Brasiliana Digital (livros, imagens, mapas, periódicos, obras de referências e manuscritos) vêm acompanhados de uma notificação sobre os direitos de uso das obras. Existem algumas regras para a utilização dos conteúdos, como a proibição do uso dos documentos e livros para uso comercial e a citação da fonte sempre que utilizar o conteúdo em outro contexto.
Para acessar o acervo da Biblioteca Brasiliana da USP, clique aqui
fonte

sábado, 19 de dezembro de 2015

Dicas para quem gosta de Trilhas e Caminhadas junto a Natureza





BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Barra Velha e São João do Itaperiú SC








Caros amigos hoje daremos algumas dicas para quem 

gosta de fazer trilha  e Caminhadas junto a Natureza.


Use botas ou tenes, para evitar machucados e escorregões.

Leve mais suprimentos do que você acha que vai usar água e comida, principalmente. leve também fósforos, remédios, lanternas e roupas quentes.

Nunca esqueça que a natureza não é seu jardim! Olhe sempre onde anda e no que toca. 

 

Conheça as cobras locais. Conheça o tipo de lugares onde estes animais gostam de viver e se esconder, saiba em que época do ano, as horas do dia / noite ou em que tipos de tempo eles têm mais probabilidade de serem ativos.

Ser especialmente vigilante sobre possibilidade de picadas de cobras, após as chuvas, durante inundações, na colheita e a noite.

Evite as serpentes, tanto quanto possível. Nunca manipular, ameaçar ou atacar uma cobra e nunca encurrala-la intencionalmente em um canto ou espaço fechado.

Se for possível, tentar evitar dormir no chão. Você pode rolar em uma cobra durante o sono, ou uma cobra pode se aninhar ao seu lado para se aquecer.

Não saia sem celular ou rádio e avise alguém de confiança o trajeto que ira fazer e quanto tempo ira você ficara na natureza, estas informações podem ser útil para equipes de emergência se você se perder.

Quando perceber que se perdeu, não tente voltar sozinho. Você pode se embrenhar mais ainda no mato. ligue para a emergência e de o máximo de informações que puder sobre a área.

Cuidado com pedras escorregadias e riachos. machucar-se no mato é muito mais complicado que na cidade, tanto para a vitima quanto para o socorro.

José Roberto Cruz
Chefe e Instrutor do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA)

Bombeiros Voluntários de Barra Velha e São João do Itaperiú SC

Bombeiros Voluntários de Balneário Barra do Sul resgatam serpente em residencia



 BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Barra Velha e São João do Itaperiú SC


Caros Amigos leitores no mês de novembro de 2015 o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) dos Bombeiros de Barra Velha e São João do Itaperiú SC, Ministrou o Curso "Resgate de Animais Peçonhentos e Venenosos", onde compareceram Bombeiros Voluntários de Barra Velha, Balneário Barra do Sul e Joinville.



No dia dia 14 de dezembro de 2015, os Bombeiros Voluntários de  Balneário Barra do Sul entraram em contato com o NPA, informando sobre um resgate de uma serpente realizado com sucesso por eles, isso nos deixou muito feliz, por saber que mais uma corporação vem realizando resgates de animais peçonhentos e venenosos com supedâneo teórico  e prático para o correto e eficaz desempenho das funções neste Setor, sendo assim auxilando a População tanto no resgate de animais peçonhentos, na prevenção de acidentes causados por estes animais e no Atendimento Pré Hospitalar a Acidentados por animais peçonhentos.

A Serpente resgatada pelos Bombeiros Voluntários de  Balneário Barra do Sul, aconteceu no dia 14 de dezembro de 2105, na rua dos Bombeiros nº 964, no bairro Salinas na comarca de Balneário Barra do Sul, as 10:30hs.

Parabenizamos a todos os Bombeiros Voluntários de Balneário Barra do Sul pelo empenho e dedicação.









O exemplar foi fotografado e identificado como Dipsas indica petersi, conhecida popularmente por come lesma. A identificação desta foi feita através do Chefe do NPA José Roberto Cruz e confirmado pelo Pesquisador do INSTITUTO BUTANTAN (SP) Prof. Francisco Luís Franco.


José Roberto Cruz
Chefe e Instrutor do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA)

Bombeiros Voluntários de Barra Velha e São João do Itaperiú SC

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Peixe do rio Negro coletado por Alfred Wallace há 160 anos é finalmente descrito


Ilustração de Wallace de jacundá Crenicichla monicae coletado no Alto Rio Negro há mais de 160 anos (imagem: Alfred Russell Wallace)

Peter Moon  |  Agência FAPESP – A expedição no Alto Rio Negro de Alfred Russell Wallace (1823-1913), o codescobridor ao lado de Charles Darwin do mecanismo da seleção natural, continua rendendo dividendos científicos mesmo hoje, 160 anos depois de sua realização.
Um biólogo sueco e outro brasileiro acabam de descrever um dos peixes coletados por Wallace, baseado nas anotações e ilustrações deixadas pelo grande naturalista britânico, pois os espécimes coletados há muito se perderam num naufrágio am alto-mar.
A nova espécie chama-se Crenicichla monicae. É um jacundá com pintas escuras de cerca de 30 cm, um peixe da família dos ciclídeos, a mesma do tucunaré. Para descrevê-lo, os ictiólogos Sven O. Kullander, do Museu Sueco de História Natural, em Estocolmo, e Henrique Varella, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, tiveram que recorrer à análise dos três únicos espécimes conhecidos da espécie, coletados por uma expedição sueca em 1923.
Este trabalho de conotação tanto biológica quanto de história da ciência foi publicado no periódico Copeia  e contou com apoio da FAPESP
Em 31 de agosto de 1850, o jovem naturalista-viajante Alfred Wallace saiu numa canoa em direção ao alto rio Negro, na confluência com o rio Uaupés, a 900 km de Manaus. A missão de Wallace era reunir uma grande coleção biológica, especialmente de peixes. Ele tinha a esperança de vendê-la a algum museu da Europa no dia em que para lá retornasse.
Wallace não podia contar com dinheiro de família, como era o caso de Darwin, que pôde se dar ao luxo de devotar a vida exclusivamente aos estudos. Wallace precisava dar duro para sobreviver e financiar seu sonho: viajar pelo mundo para conhecer e estudar o mundo natural. Ele permaneceu quase dois anos no alto rio Negro, região que mesmo hoje é isolada, inóspita e pouco explorada. Lá contraiu malária e quase morreu.
Em junho de 1852, voltou a Manaus para, em 12 de julho de 1852, embarcar no brigue Helen rumo à Inglaterra. Após 26 dias de travessia, um incêndio obrigou a tripulação a abandonar o navio. Wallace só teve tempo de salvar seus diários e os rascunhos dos peixes que coletou no rio Negro. Permaneceram à deriva por dez dias, até serem resgatados por um navio vindo de Cuba.
A grande aventura amazônica de Alfred Wallace acabou em tragédia. Sua coleção estava perdida. Menos os seus desenhos, que acabaram depositados no Museu de História Natural, em Londres.
A redescoberta e a descrição da nova espécie de ciclídeo envolveu uma saga com diversos personagens que se desenrolou por mais de um século. A trama começou em 1889, com a publicação do relato da viagem de Wallace pelo rio Negro. Entre 1923 e 1925, uma expedição sueca no Amazonas coletou os três únicos espécimes conhecidos de Crenicichla monicae.
O material permaneceu sem descrição, depositado por três décadas na coleção do Museu Sueco de História Natural. Nos anos 1950, parte daquela coleção foi emprestada a Otto Schindler, o primeiro curador de ictiologia na Coleção Zoológica Estatal de Munique, na Alemanha. Trata-se do mesmo museu onde se encontra a coleção biológica reunida por Spix e Martius no Brasil entre 1817 e 1821.
Schindler estava ocupado reconstruindo as coleções do museu, totalmente destruído num bombardeio em 1944, na Segunda Guerra Mundial. Entre os peixes emprestados do museu sueco havia dois exemplares adultos e um filhote de jacundá com pintas. De acordo com as suas anotações, Schindler percebeu que o padrão de coloração daqueles exemplares representava uma nova espécie ainda sem descrição. E assim ela permaneceu. Com a morte de Schindler em 1959, a localização dos espécimes foi esquecida. Eles ficaram juntando pó num armário do museu de Munique pelos 30 anos seguintes.
Em visita a Munique no início dos anos 1990, o curador de ictiologia do museu sueco, Sven Kullander, reencontrou a coleção perdida de peixes do rio Negro coletada por seus contemporâneos nos anos 1920. Assim como Schindler antes dele, Kullander reconheceu naqueles três espécimes uma nova espécie de jacundá, mas hesitou em descrevê-la, pois o material encontrava-se muito desbotado, ao ponto de apenas ser possível distinguir pintas escuras, que são o diagnóstico da espécie.
Kullander postergou a descrição na esperança de achar novos espécimes em melhor estado de conservação. “Não achamos nenhum outro exemplar em nenhuma coleção europeia, americana ou brasileira,” conta Henrique Varella. “Aqueles três indivíduos são os únicos de que se tem notícia.”
Resgate dos rascunhos
Neste ponto, adentra na história o resgate dos rascunhos de Wallace. Em 2002, a zoóloga Mônica de Toledo-Piza Ragazzo, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, reuniu os desenhos conservados em Londres e os publicou no livro Peixes do Rio Negro (Edusp).
O livro reúne 212 ilustrações que descrevem 180 espécies. Era a conexão que faltava. Na falta de novos exemplares, a descrição foi feita relacionando aqueles três espécimes ao rascunho deixado por Wallace. “Percebemos que o desenho no 46 tinha as pintas bem características, muito parecidas com aquelas dos espécimes de jacundá,” diz Varella.
Wallace descreve o exemplar 46 assim: “Comprimento: 30 a 38 cm. Uma faixa vermelho tênue da ponta das nadadeiras ventrais até a (nadadeira) anal. Olho vermelho alaranjado - narinas únicas próximas aos lábios - escamas delicadas, lisas, regulares - dentes em uma faixa, com aspecto de lima em ambas as maxilas - língua grande livre. Nadadeiras peitoral e ventral claras.” Wallace o coletou em Nossa Senhora da Guia, uma ilha no alto rio Negro à jusante da sua confluência com o rio Içana.
O nome da nova espécie de jacundá, Crenicichla monicae, é uma homenagem à Prof.a Mônica, “pelo seu esforço para recuperar as gravuras de Wallace,” diz Varella. Os ciclídeos formam uma das maiores famílias de peixe de água doce, com cerca de 1.700 espécies em todo o mundo, sendo 550 na América do Sul. Os ciclídeos variam muito de tamanho, indo de uns poucos centímetros, como os pequenos carás, até um metro, o caso do tucunaré. Acredita-se que haja pelo menos duas mil espécies de ciclídeos.
"Ainda há desenhos de Wallace que não foram identificados, o que pode ser devido à falta de acuro dos mesmo ou porque eles correspondem a espécies novas. Por isso, é sempre importante retornar aos estudos mais antigos quando se realiza qualquer análise taxonômica. Eles podem guardar informações valiosas", disse Varella. Quem sabe alguma daquelas ilustrações possam um dia revelar novas espécies ainda desconhecidas?
E quanto a Wallace? O que lhe sucedeu após sobreviver ao naufrágio em 1852? Desolado com a perda de sua coleção e completamente quebrado, ele passou por dificuldades até conseguir viajar em 1854 ao arquipélago Malaio (a atual Indonésia). Após conhecer a biodiversidade da Amazônia, com seus diversos microbiomas separados pelas barreiras dos imensos rios, Wallace se deparou com uma outra biodiversidade, distribuída pela geografia de milhares de ilhas. Foi lá, em 1858, em meio aos delírios de um acesso da malária que contraíra no Amazonas, que ele disse ter vislumbrado pela primeira vez os princípios do mecanismo da seleção natural. O resto é história.
Wallace descreveu rapidamente sua teoria numa carta que endereçou a ninguém menos do que Charles Darwin, pedindo sua opinião. Ao receber a carta, Darwin percebeu alarmado que corria o sério risco de perder a prioridade no anúncio da teoria em cima da qual estava sentado fazia mais de 20 anos. Correu a escrever um trabalho, que foi lido ao lado da carta de Wallace em sessão da Sociedade Lineana de Londres, em 1o de julho de 1858.
No ano seguinte, Darwin publicou A Origem das Espécies e conquistou os louros da ciência e da história. Quanto a Wallace, permaneceu até sua morte uma figura secundária, ofuscado pela glória de Darwin. O lugar de direito de Wallace como co-descobridor da seleção natural só foi finalmente garantido nas últimas décadas do século 20.
O artigo de Varella e Kullander, Wallace’s Pike Cichlid Gets a Name after 160 Years: A New Species of Cichlid Fish (Teleostei: Cichlidae) from the Upper Rio Negro in Brazil, publicado em Copeia (doi: http://dx.doi.org/10.1643/CI-14-169) pode ser lido emwww.bioone.org/doi/abs/10.1643/CI-14-169
fonte

3 novas espécies de sapos venenosos são descobertas no Brasil

Cientistas descobrem novos sapos em montanhas na Mata Atlântica de Santa Catarina.

3 novas espécies de sapos venenosos são descobertas no Brasil
Os tamanhos variam de 1 cm a 2,5 cm. | Foto: Luiz Fernando Ribeiro

Três novas espécies de sapos foram descobertas na Mata Atlântica em Santa Catarina, sul do Brasil, entre as cidades de Garuva e Blumenau. A exemplo de outras espécies de anfíbios, eles são altamente sensíveis às mudanças climáticas e pelo menos uma das espécies foi classificada como ameaçada de extinção na categoria “em perigo”.
O anúncio da descoberta foi oficializado há duas semanas por meio da publicação de um artigo científico em uma revista internacional. As três novas espécies pertencem ao gênero Melanophryniscus e foram descobertas em campos no alto da serra do Quiriri e em florestas no alto da serra Queimada e nos morros do Baú e do Cachorro. As espécies são endêmicas dessas regiões, ou seja, só podem ser encontradas ali.
“As novas descobertas mostram quão rica é a biodiversidade da Mata Atlântica, ainda que restem apenas 8% desse ambiente natural tão vasto e desconhecido para muitos brasileiros apesar de concentrar cerca de 70% da população do país”, afirmou Malu Nunes, diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que apoiou a pesquisa desse projeto. Entre 2013 e 2015, esse mesmo projeto propiciou a descoberta de oito novas espécies de mini sapinhos de outro gênero, Brachycephalus.
As três novas espécies descobertas são Melanophryniscus biancae, Melanophryniscus milanoi e Melanophryniscus xanthostomus, essa última em alusão a uma característica muito peculiar dessa espécie – a cor amarela (xanthos) que orna a boca do sapinho. As demais espécies homenageiam Bianca L. Reinert e Miguel S. Milano pela contribuição de ambos à conservação da natureza no Brasil.
Melanophryniscus biancae. |Foto: Luiz Fernando Ribeiro.
Melanophryniscus biancae. |Foto: Luiz Fernando Ribeiro.
Melanophryniscus_milanoi_foto_Luiz_Fernando_Ribeiro_1
Melanophryniscus biancae. |Foto: Luiz Fernando Ribeiro.
Melanophryniscus_xanthostomus_foto_Luiz_Fernando_Ribeiro_2
Melanophryniscus biancae. |Foto: Luiz Fernando Ribeiro.
Os novos sapos têm tamanho variado de 1 cm a 2,5 cm e possuem a pele escura com verrugas e espinhos e se alimentam basicamente de formigas e ácaros. Esses alimentos liberam substâncias químicas que irão se acumular na pele dos sapos e os tornam venenosos, sobretudo aos seus predadores, tais como cobras.
“O mais notável das espécies descobertas é que elas vivem em água acumulada pela chuva na base das folhas de bromélias terrestres, enquanto que as demais espécies reproduzem em córregos e em poças”, disse o pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcos R. Bornschein, biólogo e estudioso de aves e anfíbios desde o final da década de 1980. Participaram também da pesquisa os biólogos Márcio Pie, também da UFPR, e Luiz Fernando Ribeiro, da PUCPR. Todos são pesquisadores associados do Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, que é a organização proponente e a executora do projeto junto à Fundação Grupo Boticário.
Apesar de viverem no alto de montanhas, os pequenos sapos são vulneráreis a impactos provocados diretamente pela ação humana, como desmatamentos, queimadas, atividades silviculturais e mineração. “A nossa preocupação é com a ameaça de extinção dessas espécies”, alerta Bornschein. De acordo com as pesquisas e levantamentos efetuados pelos cientistas, foi proposto formalmente que a espécie Melanophryniscus biancae seja classificada como em perigo de extinção. As outras duas espécies possuem dados deficientes que não possibilitam ainda classificá-las de acordo com os critérios da IUCN. “Para ter uma análise mais precisa das outras duas espécies, necessitamos ampliar nossas pesquisas em campo para avaliar a extensão de suas ocorrências e os riscos que sofrem”, ressalta o pesquisador.
Além das outras instituições, a STCP Engenharia de Projetos e a Prefeitura de Joinville também contribuíram para a realização da pesquisa.
fonte

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

NPA encaminha 10 Filhotes de Gamba para Zoo do Beto Carreiro World





BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Barra Velha e São João do Itaperiú SC








Caros amigos leitores no dia 16 de dezembro de 2015, o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) dos Bombeiros Voluntários de Barra Velha e São João do Itaperiú SC, Resgatou 10  filhotes (ainda om os olhos fechados) de Gamba.




As 15:50 hs o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) dos Bombeiro Voluntário de Barra Velha e São João do Itaperiú SC, recebeu das mãos Senhora Franciele Martins, dez filhotes de Gamba que foram encontrados nas dependências da Escola Básica Municipal Manoel Antônio de Freitas no Bairro Itajuba Barra Velha SC.
.

Bombeiros Voluntários Envolvidos
Bombeiro Voluntário Robson
Bombeiro Voluntário Zulmar

Os animais foram acolhidos pelo Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) dos Bombeiros Voluntários de Barra Velha SC, e encaminhado imediatamente para o Zoo do Beto Carreiro World, pois necessitariam de cuidados especias.

Agradecemos a toda a equipe do Zoo do Beto Carreiro World pelo apoio que nos tem prestado em nossas ocorrerias especiais.



Lembramos a população de Barra Velha e São João do Itaperiú SC, que o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) atende este tipo de Emergência Resgatando animais Peçonhentos e Venenosos que estejam causando risco a população pedimos aos cidadões que não tente matar ou capturar estes  animais, nos comunique da presença deles e iremos Resgata-los. Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) possui pessoal Treinado e Qualificado para este tipo de Ocorrência.

Tel de Emergência 34460000
José Roberto Cruz
Chefe e Instrutor do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA)

Bombeiros Voluntários de Barra Velha e São João do Itaperiú SC