sábado, 9 de novembro de 2013

PEÇONHENTA OU VENENOSA?



Toda substância capaz de causar dano ou matar um organismo é chamada de toxina ou veneno.
Os seres que segregam substâncias tóxicas são denominados de venenosos.
As toxinas são segregadas por glândulas especiais que podem estar associadas a estruturas específicas para inoculá-las.
Os animais venenosos que possuem um amparo especializado para inocular sua toxina são conhecidos por peçonhentos.
Sapos possuem glândulas (parótidas) de veneno localizadas na superfície externas da pele, próximo à cabeça. Essas glândulas não têm capacidade de expelir seu veneno a menos que sejam pressionadas por agentes alheios à vontade do sapo. Desta forma ele é um animal venenoso e não peçonhento, pois não é capaz de envenenar outro animal.
Os venenos das serpentes são soluções enzimáticas com finalidades, principalmente, digestivas.
Nas cobras peçonhentas a capacidade digestiva está associada a ações tóxicas que neutralizam e matam animais que fazem parte de sua dieta.
Percebemos que as serpentes peçonhentas têm veneno mais potente e perigoso para o homem.
O veneno é produzido em glândulas especiais que nada mais são do que glândulas salivares modificadas, cuja saliva é a toxina.
As glândulas raramente se esvaziam, pois têm capacidade para vários botes seguidos. Os venenos das cobras são segregados constantemente, sendo que, uma vez totalmente extraídas em cerca de duas semanas as glândulas estarão novamente cheias.
Os dentes das serpentes peçonhentas são diferenciados, pois injetam o veneno, e são conhecidos como presas.
A grande maioria dos ofídios peçonhenta apresenta na parte superior da boca duas fileiras de dentes e outras duas na região inferior (maxilar inferior). Estes dentes são maciços, não tendo ligação a glândula nenhuma.
Existem, em menos de 10% das serpentes brasileiras, algumas espécies que apresentam dentes diferenciados dos demais, ocos com abertura diagonal na extremidade. Essas presas são ligadas às glândulas de veneno e a parte oca com uma estrutura perfurante na ponta, constitui o mecanismo de inoculação deste veneno em outro animal. A abertura diagonal, em fenda, impede que se entupa durante a perfuração, garantindo, a inoculação da toxina no momento do bote, mesmo que o dente atinja o osso.
A diferenciação precisa e correta entre serpentes peçonhentas e venenosas é realizada pela presença ou não destas presas de inoculação.
No Brasil vários métodos de identificação entre peçonhentas e venenosas foram introduzidos e disseminados. Os parâmetros de identificação de serpentes, como pupila vertical, cabeça triangular e cauda grossa estão abolidos do Brasil.
Pois se tratam de características de serpentes europeias e africanas. Na natureza não existem regras exatas.

Na América Latina a identificação prática para a diferenciação entre serpentes é através  da fosseta loreal, logo, toda serpente que possui fosseta loreal é peçonhenta com exceção das  cobras corais.



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