quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PLANTAS TÓXICAS


A presença de vegetação em meio urbano segue um conjunto de orientações paisagísticas que se baseia em aspectos estéticos, no porte e características da planta, na sua adaptação ao local e em sua disponibilidade e custo. Raramente são contemplados aspectos relacionados a toxicidade das plantas.

O número de acidentes por plantas toxicas no pais é pequeno quando comparado ao conjunto de outras causas de intoxicações, pois representam menos de 2% dos casos registrados pelo sistema nacional de informações Toxico-Farmacológicas. No período de 2000 a 2010 foram registrados pelo SINTOX 17.994 casos e 38 óbitos decorrentes de intoxicação por plantas no Brasil. As vítimas desses acidentes se concentram entre os menores de 10 anos. Foram registrados 11.414 casos nesta faixa etária, ou falando em termo percentuais, a cada 100 casos de intoxicação por plantas, pelo menos 63 ocorreram nesse grupo.

O desconhecimento das especies vegetais toxicas presente nas residencias, nos jardins, nos playgrounds, nas praças e parques públicos e nos canteiros nas ruas e avenidas é apontado pelos especialistas como principal fator para ocorrência de intoxicações acidentais com plantas.

Os relatos mais frequentes de intoxicações em crianças são decorrentes de ingestão de pequenas quantidades de folhas, talos, frutos e sementes, ou mesmo o simples toque com a planta.

Caros amigos hoje falaremos sobre 2 plantas tóxicas que julgo ser muito cultivada em todo território brasileiro.

ESPADA DE SÃO JORGE



Parte Tóxica: todas as partes da planta.

Sintoma da Ingestão: edema de lábios, linguá e palato que podem evoluir a distúrbios respiratórios, dor em queimação, salivação abundante, dificuldade para engolir, náuseas e vômitos. Outros sintomas comuns são: cólicas abdominais moderadas, depressão e fraqueza muscular. Nos casos mais graves podem ocorrer necrose tubular renal com anuria, uremia e distúrbios hidroeletrolíticos.

Sintomas do Contato: a seiva em contato com a pele pode provocar severa irritação acompanhada de eritema, edema e dor. Nos olhos produz conjuntivite, fotofobia e lacrimejamento, podendo ocorrer moderada hemorragia conjuntival.

Observação: embora esta planta seja comum os registros de acidentes causados por ela são em pequeno numero.


COMIGO NINGUÉM PODE


Parte Toxica: toda a parte da planta, principalmente caule e folhas.

Sintomas: a ingestão de qualquer parte da planta ou o simples ato de mastigá-la são seguidos rapidamente por intensas manifestações de irritação de mucosas, edema de lábios, boca e linguá, com dor em queimação, salivação abundante, dificuldade em engolir, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. Admite-se, ainda, que durante o processo irritativo das mucosas há liberação de histamina que seria responsável pelo edema de glote que pode conduzir a asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação intensa com congestão, edema, fotofobia e lacrimejamento e até lesões na corneá.

Observações: esta especie é responsável pela maioria dos casos de intoxicação de crianças menores de 10 anos.



FONTE: PLANTAS TOXICAS AO ALCANCE DE CRIANÇAS
MATERIAL DOADO PELO INSTITUTO VITAL BRAZIL

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