Toda substância capaz de causar dano ou matar um organismo é
chamada de toxina ou veneno.
Os seres que segregam
substâncias tóxicas são denominados de venenosos.
As toxinas são segregadas
por glândulas especiais que podem estar associadas a estruturas específicas
para inoculá-las.
Os animais venenosos que
possuem um amparo especializado para inocular sua toxina são conhecidos por
peçonhentos.
Sapos possuem glândulas
(parótidas) de veneno localizadas na superfície externas da pele, próximo à
cabeça. Essas glândulas não têm capacidade de expelir seu veneno a menos que
sejam pressionadas por agentes alheios à vontade do sapo. Desta forma ele é um
animal venenoso e não peçonhento, pois não é capaz de envenenar outro animal.
Os venenos das serpentes
são soluções enzimáticas com finalidades, principalmente, digestivas.
Nas cobras peçonhentas a
capacidade digestiva está associada a ações tóxicas que neutralizam e matam
animais que fazem parte de sua dieta.
Percebemos que as
serpentes peçonhentas têm veneno mais potente e perigoso para o homem.
O veneno é produzido em
glândulas especiais que nada mais são do que glândulas salivares modificadas,
cuja saliva é a toxina.
As glândulas raramente se
esvaziam, pois têm capacidade para vários botes seguidos. Os venenos das cobras
são segregados constantemente, sendo que, uma vez totalmente extraídas em cerca
de duas semanas as glândulas estarão novamente cheias.
Os dentes das serpentes
peçonhentas são diferenciados, pois injetam o veneno, e são conhecidos como
presas.
A grande maioria dos
ofídios peçonhenta apresenta na parte superior da boca duas fileiras de dentes
e outras duas na região inferior (maxilar inferior). Estes dentes são maciços,
não tendo ligação a glândula nenhuma.
Existem, em menos de 10%
das serpentes brasileiras, algumas espécies que apresentam dentes diferenciados
dos demais, ocos com abertura diagonal na extremidade. Essas presas são ligadas
às glândulas de veneno e a parte oca com uma estrutura perfurante na ponta,
constitui o mecanismo de inoculação deste veneno em outro animal. A abertura
diagonal, em fenda, impede que se entupa durante a perfuração, garantindo, a
inoculação da toxina no momento do bote, mesmo que o dente atinja o osso.
A diferenciação precisa e
correta entre serpentes peçonhentas e venenosas é realizada pela presença ou
não destas presas de inoculação.
No Brasil vários métodos
de identificação entre peçonhentas e venenosas foram introduzidos e
disseminados. Os parâmetros de identificação de serpentes, como pupila
vertical, cabeça triangular e cauda grossa estão abolidos do Brasil.
Pois se tratam de
características de serpentes europeias e africanas. Na natureza não existem
regras exatas.
Na América Latina a identificação prática para a diferenciação
entre serpentes é através da fosseta
loreal, logo, toda serpente que possui fosseta loreal é peçonhenta com exceção
das cobras corais.
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