Desde a antiguidade, as serpentes têm
fascinado a humanidade, tanto com o medo quanto com a veneração. A própria
Bíblia, utiliza a cobra como representação do mal. Alguns pesquisadores como
WILSON (1984) chegaram mesmo a pensar na ofidiofobia como um produto da própria
evolução humana. A intensa sensação provocada nos seres humanos foi salientada
por MORRIS & MORRIS (1965), ao se referirem às afirmativas de 11.960
crianças que responderam a um questionário da televisão da Grã Bretanha, no
qual se indagava quais os animais de que menos gostavam; 27% das crianças citaram
as cobras.
DOOD
(1987), baseado nos registros da literatura especializada, revela que 186
espécies e subespécies de serpentes estão ameaçadas ou necessitam de
conservação ou manejo. Segundo WILCOX & MURPHY (1985), a maior ameaça às
serpentes é a destruição de seu habitat, o que resulta na eliminação física
tanto dos animais como de seus ecossistemas. Com a fragmentação das populações
restantes que tem seus tamanhos reduzidos, há perda potencial de sua
diversidade genética. O comércio internacional destes animais, para fabricação
de souvenirs, ou ainda sua venda como animais de estimação,
realizados, segundo HONEGGER (1978), desde 1920. Segundo DODD (1987) copilou
dados estatísticos das cinco espécies mais comumente exportadas para os Estados
Unidos. Três delas (Boa constrictor, Eunectes murinus e Eunectes notares)
fazem parte da fauna brasileira. HEMLEY (1983) afirma que, em 1982, produtos
oriundos de Boa constrictor renderam mais de 813 mil dólares em três
meses.
Segundo
a maioria de nossa população, serpentes só servem para causar acidentes em
humanos e animais domésticos. Na realidade cerca de 20% dos acidentes
provocados pelas espécies peçonhentas não levam a envenenamento e em 50% dos
acidentes em que haja envenenamento, a vítima escapa com leves ou mesmo nenhum
problema. Segundo MÉIER (1990), com base em estatísticas internacionais, a
mortalidade devido à picada de serpentes é menor que 10% e quando são tomados
os cuidados médicos específicos cai para menos que 1%. Em nada adiantaria
justificar que são elas que oferecem o veneno para produção de soros
antiofídicos, único tratamento cientificamente indicado para acidentes por
serpentes peçonhentas, pois ainda teríamos o argumento de que, se não
existissem as serpentes não aconteceriam acidentes ofídicos. Poderíamos até, na
tentativa de justificar alguma utilidade das serpentes, referi-las como
predadores de animais nocivos ao homem, como roedores, embora muitas cobras alimentem-se
destes animais. Segundo PORTER & TRACY (1964), para que as serpentes tenham
impacto significativo sobre as populações de suas presas, seria necessário que
os níveis da biomassa daqueles predadores se aproximassem dos níveis dos
animais predados.
Todavia,
acreditamos que somente as utilidades médicas de algumas das mais de 400
proteínas isoladas até o presente dos venenos das serpentes, justificariam a
afirmativa de que estes animais devem ser preservados.
A Constituição
Brasileira e as Leis Ambientais do Brasil são claras em todos os
aspectos, protegendo, restaurando e conservando todos os recursos
naturais em nosso território, dando o direito a todos, de ter um meio
ambiente equilibrado, e fiscalizando as entidades de pesquisa e
manipulação de material genético.
Desde a antiguidade, as serpentes têm
fascinado a humanidade, tanto com o medo quanto com a veneração. A própria
Bíblia, utiliza a cobra como representação do mal. Alguns pesquisadores como
WILSON (1984) chegaram mesmo a pensar na ofidiofobia como um produto da própria
evolução humana. A intensa sensação provocada nos seres humanos foi salientada
por MORRIS & MORRIS (1965), ao se referirem às afirmativas de 11.960
crianças que responderam a um questionário da televisão da Grã Bretanha, no
qual se indagava quais os animais de que menos gostavam; 27% das crianças citaram
as cobras.
Segundo
a maioria de nossa população, serpentes só servem para causar acidentes em
humanos e animais domésticos. Na realidade cerca de 20% dos acidentes
provocados pelas espécies peçonhentas não levam a envenenamento e em 50% dos
acidentes em que haja envenenamento, a vítima escapa com leves ou mesmo nenhum
problema. Segundo MÉIER (1990), com base em estatísticas internacionais, a
mortalidade devido à picada de serpentes é menor que 10% e quando são tomados
os cuidados médicos específicos cai para menos que 1%. Em nada adiantaria
justificar que são elas que oferecem o veneno para produção de soros
antiofídicos, único tratamento cientificamente indicado para acidentes por
serpentes peçonhentas, pois ainda teríamos o argumento de que, se não
existissem as serpentes não aconteceriam acidentes ofídicos. Poderíamos até, na
tentativa de justificar alguma utilidade das serpentes, referi-las como
predadores de animais nocivos ao homem, como roedores, embora muitas cobras alimentem-se
destes animais. Segundo PORTER & TRACY (1964), para que as serpentes tenham
impacto significativo sobre as populações de suas presas, seria necessário que
os níveis da biomassa daqueles predadores se aproximassem dos níveis dos
animais predados.
A Constituição
Brasileira e as Leis Ambientais do Brasil são claras em todos os
aspectos, protegendo, restaurando e conservando todos os recursos
naturais em nosso território, dando o direito a todos, de ter um meio
ambiente equilibrado, e fiscalizando as entidades de pesquisa e
manipulação de material genético.
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